Quando falamos em levar a capoeira e nossa cultura ao Timor Leste muita gente se assustou: "vocês vão fazer o que lá, é perigoso", "cuidado, lá é um perigo!". Talvez há algum tempo atrás fosse desta forma, atualmente o que pudermos observar é que Dili (capital) parece uma cidade do interior de São Paulo com uma relativa tranquilidade, muitas crianças nas ruas e apesar de alguma pobreza, um clima amistoso no ar. É claro que não podemos tirar 5 dias de vivência para afirmar nada, mas foi esta a impressão que tivemos.
Presenciamos a simplicidade das moradias, a pobreza relativa da grande maioria, mas não observamos miséria, nem violência. A moeda oficial do país é o dólar americano, Timor não têm moeda própria, o que torna as coisas mais caras do que deverião ser.
Em alguns momentos a sensação que dava é que estavamos em algum lugar do Brasil. Música brasileira se houve a todo instante, Roberto Carlos, Amado Batista, Leonardo, Zezé e Luciano, Xuxa, além de axé baiano e funk carioca. A comida é mais parecida com a nossa, encontra-se arroz e feijão com facilidade e algumas misturas parecidas com as nossas, como carne e frango.
As praias são paradisíacas. É como se fosse Bali a muitos anos atrás, sem o turismo e o comércio ao redor. Praias nativas com água cristalina e rica em vida marinha. Perfeitas para mergulho. Uma ótima opção de turismo para quem gosta de tranquilidade.
As pessoas são muito receptivas e respeitosas. Gente com um grande coração e de fácil sorriso apesar de todo o sofrimento guardado em sua história. Povo humilde e amável, que pelo menos para nós, ficará eternamente nos nossos pensamentos.