Um novato na equipe? Dois? Não, de certa forma todos...

(OBS: este post foi escrito por Vitor muito antes de sua publicação, primeiras horas de voô)

Sabem aquela história de marinheiro de primeira viagem? Pois é, no ínicio eu achava que era só eu e o Guilherme (Macaco)... enquanto o Cacá e o Marcelo (talvez pela experiência de anos anteriores) repousam tranquilamente em suas poltronas até que possamos chegar ao nosso destino, eu, tomado por expectativas e ansiedade, chego ao ponto de abrir meu computador e registrar meus pensamentos. O Macaco por sua vez até que no começo estava um tanto quanto "elétrico", usufruindo de todos os recursos da aeronave, mas depois logo relaxou. Os anos de janela na capoeira que todos tem a minha frente me deixam em certa "desvantagem". Mas pensando bem, por tudo que esta viagem envolve, e não me refiro ao simples fato de embarcar em um avião e deixar o país, mas sim o fato de representar a capoeira em lugares tão distantes e conhecer culturas tão diferentes, faz de mim um verdadeiro iniciante e pronto.

Começo a diminuir minha desvantagem quando noto que a turbulência nitidamente fora do comum sobre o Oceano Atlântico (não dá para afirmar com certeza, mas talvez na mesma região onde alguns acidentes aéreos já ocorreram - próximo a região critica de Porto Gentil na África) é novidade para todo mundo, incluindo uma comissária de bordo com dois anos de experiência em longos voôs internacionais. Chacoalhões bruscos arrancam até gritos de alguns passageiros na cabine... Ouço dos meus parceiros que jamais haviam passado por algo parecido. Apuros à parte, que aliás não me dão vantagem alguma pois estou no mesmo "barco", a ida ao Timor também será a primeira vez de todos na equipe. Na certa outras novidades coletivas acontecerão... Algumas individuais... isso faz parte dos planos. Embora Cacá, Marcelo e Macaco tenham na bagagem muitas milhas de capoeira, acredito ainda que o inesperado espera por eles, e também por mim.